Levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mostra mais uma alta no preço da gasolina. O preço médio do litro do combustível comercializado no Estado chegou a R$ 4,318 na semana passada, O valor é o maior desde que iniciou a série história da ANP, em 2004.
Somente no último mês, dos levantamentos de 19 de agosto a 16 de setembro, o aumento foi de 6% em SC. O preço médio das bombas saltou de R$ 4,071 para R$ 4,318, um acréscimo de R$ 0,247 por litro. Isso significa que antes, para encher o tanque de um carro com capacidade para 50 litros, gastava-se R$ 203,55. Agora, com o aumento, passa para R$ 215,90, ou seja, o consumidor precisa desembolsar, em média, R$ 12,35 a mais por tanque.
Nos dois últimos levantamentos (de 9 de setembro e da semana passada), o valor do combustível subiu de R$ 4,288 para R$ 4,318 no Estado. Na semana passada o menor preço encontrado foi em um posto em Araranguá, que vendia o combustível a R$ 4,029.
O maior preço foi registrado em um posto em Concórdia, onde a gasolina era vendida a R$ 4,820. Dos preços médios, Itajaí tem o mais baixo entre as cidades pesquisadas em SC, de R$ 4,178. Já Concórdia tem o mais alto: R$ 4,619.
Os sindicatos da categoria afirmam que o aumento frequente do combustível está relacionado à alta do dólar e do preço de barril do petróleo. Desde julho do ano passado, a estratégia adotada pela Petrobras foi a de corrigir diariamente o preço da gasolina nas refinarias com base no valor de mercado do petróleo internacional.
“Com a eleição se aproximando, o dólar só sobe. Não vejo expectativa de mudar de patamar de preço, por enquanto a tendência é só de aumento. Quem vai pagar o preço é o consumidor. Tem revendedor que até está tirando esse aumento da própria margem de lucro, isso tudo é muito ruim” diz o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de derivados de Petróleo de Blumenau e conselheiro da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Julio Cezar Zimmerman.
Em Santa Catarina, desde 26 de maio, com a greve dos caminhoneiros, o preço da gasolina chegou a R$ 4 e não saiu mais deste patamar. Naquela semana, o combustível chegou a ser vendido a um preço médio de R$ 4,308, segundo a ANP, e era o mais alto registrado no Estado até então.
No país, de acordo com dados colhidos pela ANP em aproximadamente 5,7 mil postos, a gasolina encerrou a semana com valor médio de R$ 4,65 por litro. Na semana anterior, o preço médio foi de R$ 4,62. Durante a pesquisa, a ANP chegou a encontrar estabelecimentos vendendo o combustível a R$ 6,29.
Cidade Preço da gasolina 16/09 a 26/09 (em R$)
Araranguá 4,267
Balneário Camboriú 4,258
Biguaçu 4,218
Blumenau 4,404
Brusque 4,233
Caçador 4,498
Chapecó 4,389
Concórdia 4,619
Criciúma 4,373
Florianópolis 4,347
Itajaí 4,178
Jaraguá do Sul 4,357
Joinville 4,254
Lages 4,339
Laguna 4,382
Mafra 4,472
Palhoça 4,282
São José 4,235
Tubarão 4,405
Videira 4,517
Xanxerê 4,408